quarta-feira, 13 de junho de 2007

JORGE MONTESINO, POETA SELBAGEM KUREPA-GUARANGO ESKONDIDO EN ALGUNA PARTE DEL YBYTURUZÚ


Jorge Montesino: la espuma y lo efímero

Conoci el poeta argentino-paraguaio Jorge Montesino el 1994, quando editaba l Augur Mediterraneoen Assunciolândia, uma revista literária que durou 13 números y fue la mejor de sua época. Entre 2000 y 2002 ya fazia la página literária de Folha do Povo, de Campo Grande y hablamos sobre su libro La Espuma o el Recurso de lo Efímero, do qual traduzi el primer fragmento em colaborazione com el próprio Montesino. Hoy ele anda escondido en la Selva del Ybyturuzú, pero Jakembó Editores, el sello editorial paraguayensis mais enkurupizado del mundo acaba de publicar el nuebo libro de Montesino, Tré la Tré María, uma enkurepada nouvelle ybyturuzuguaranga escrita em imperdíbel guaranhol. [dd]


Douglas Diegues - Podemos começar falando do teu encontro com a Espuma... Jorge Montesino – Quando a espuma chegou a mi, há quase uma década, chegou sobre uma grande onda que trazia todos os meus livros posteriores ao primeiro, Rojo de Vapor, que havia sido um livro importante para o público e para mim. Lembro de uma tarde de outono, de muito vento, no quintal cheio de árvores de uma casa que não era minha, eu estava sentado só e as folhas secas passavam por meus pés. Assim comecei a escrever o que intitulei em uma folha solta “Los libros de la espuma”. Ali nasce a espuma ou a metáfora da espuma ou a filosofia da espuma, como disseram diferentes críticos. Porque é como um universo espumoso... No começo eram três livros, uma estrutura preconcebida em três títulos que eram Malúrinvé, Micámicéfa y Lamárampírra. Estes três livros iam formar Os livros da Espuma. Mas como sempre acontece, o poeta propõe e a poesia é quem determina, por si mesma, sem pedir a opinião de ninguém. Daquilo, ficou por um lado Malúrinvé (editado em 1996) e por outro A Espuma ou o Recurso do Efêmero, que apareceu em dezembro de 1999. A visão em si é a de uma coisa, um material por um lado efêmero, mas por outro permanente, uma permanência que nos assalta apenas haja um pouco de agitação, feito de água y sal, estendendo-se a todas as coisas do universo, porque a fumaça é a espuma da lenha e a lenha a espuma das árvores e as árvores a espuma da terra e a terra... bem, tudo é factível de ser espuma. Porque a espuma é o superficial que provém do profundo. La profundidade do superficial, com o qual se tem que toda aquela manifestação exterior é resultado do que há mais dentro, inclusive aquilo que está dentro, invisível, isso é a espuma.



DD - Que significa a poesia para você? E o que é um bom poema ?JM – Me é muito mais fácil dizê-lo através da palavra poética, explicá-lo é um pouco como pretender explicar a fé. A poesia me chegou tarde, quando já havia passado dos 25 anos, ou seja já havia passado a adolescência, a etapa na que supostamente se manifesta com maior assiduidade. A poesia está em tudo, mas dizer o que é, de que se trata, é quase impossível. Um ritmo diferente que a palavra adquire quando cria uma coisa nova, eu sou partidário do poeta “pequeno Deus”, o que cria através da imagem, como dizia Huidobro, um poema como Deus cria uma flor. Mas não me acomodo nisto senão que, como poeta além do mais dou uma forma ao que digo, dou um suporte. Ë necessário CRIAR assim com maiúsculas em todos os sentidos. De nada serve repetir idéias quando todos sabemos que a poesia se constrói com palavras, já o disse Mallarmé. E um bom poema, bem, tem que estar feito a partir destas coisas, não importa do que fale, tem que ter substância poética, invenção. Eu me jacto de reconhecer um bom poema de imediato, de ter “olho para o poema”, é uma coisa que se sente de imediato lendo alguns versos. Se no poema aparece a poesia, se está presente; te invade, te viste, te embriaga, te faz sentar em sua mesa y dali você já não levanta tão cedo...

DD - Quais são tuas influências, os nutrientes de tua escritura? E como você se relaciona com eles? JM – Escrevi um pequeno artigo acerca de um tema que estou analisando ultimamente, eu o denomino “o tema das afinidades”, que é a maneira em que se expressam as influências. Porque hoje o poeta já não tem mestres, já não se sente parte de uma escola, ou de um grupo, como acontecia no passado com grupos como o dos modernistas, as vanguardas do começo do século e inclusive grupos bastante homogêneos que desenvolveram sua atividade durante todo este século que termina, hoje os poetas, digo, usam um pouco de cada coisa para elaborar suas poções mágicas, para alcançar esse elixir que lhes permita chegar à criação. Usam um pouco de cada coisa, econtram afinidade temática com uma obra, afinidade criativa com outra, afinidade rítmica com outra, afinidade imagística com outra, afinidade de tom com outra, afinidade sonora com outra e assim sucessivamente, daí que as influências sejam atualmente menos reconhecíveis. /// Agora, se tiver que citar influências básicas, creio que já mencionei Huidobro, e poderia acrescentar Artaud, e as leituras de Macedonio Fernandez e Emily Dickinson e Dilan Thomas e William Carlos Williams e Girondo e Vallejo e Saint John Perse e Isidore Ducasse e muitos outros nomes. Tenho uma estante em minha biblioteca onde está o que mais leio, ou seja o que sempre releio, ali estão Rimbaud, Pound, Lorca e também estão libros de Wilson Bueno, de Manoel de Barros, de Patricio Torne (que é um poeta “cordobés” que vive em San Luis), de Nelson Roura, que é un poeta paraguayo morto muito jovem, mas também estão novelas como O Amante, de Marguerite Duras, as de Kundera, as de Manuel Puig, os contos de Cortázar, sobre todo O Bestiario, y ali também você vai encontrar una coleção erótica que vai desde Alina Reyes y O Açogueiro, passando por Almudena Grandes, até livros de indubitável baixa categoria que desse gênero. Influencias.

DD - Como nasce um poema de Jorge Montesino? Qual é teu processo de criação?JM - Como todas as coisas que nascem, com naturalidade e em algum lugar onde eu esteja em paz comigo y não possa ser incomodado. O nascimento é algo natural, para nada doloroso, o mito do parto com dor me parece uma absoluta estupidez. Você deve Ter visto que os animais quando vão parir buscam um lugar onde ninguém possa incomodá-los. Não se escondem, buscam amparo. Cuidam sua obra. Todo nascimento é assim, por mais que o poema nasça quando a gente vai viajando num ônibus repleto de gente suada e mal-humorada, o poeta protege seu poema, se abstrai e o memoriza, o vai montando na mente, não há uma única formas, existem múltiplas formas e no meu caso também é assim. E como toda coisa que nasce, logo protejo o poema, o cuido, o deixo crescer, trato de educá-lo, ainda que às vezes ele é que me eduque, como acontece com os filhos.

DD - Quais teus projetos para os próximos meses no âmbito do fazer poético?
JM
– Tenho muitas coisas pendentes para este ano. A primeira é a edição do livro “Los pies sobre la tierra floja”, que é um libro que continua, creio, o tom do “La espuma”, mas é mais intimista. Ali está minha infância, as lembranças, como que se une a “Los fantasmas de la espuma”, como que é sua continuidade. Logo tenho pensado em editar também toda minha obra poética y no poética em um só volume que abarque estos dez anos com y na poesía. Creio que com isso encerro um ciclo, pois tenho coisas diferentes que virão depois disso. Estou trabalhando já em dois livros, em parte escrito em parte em desenvolvimento de imagens e estudos complementários que ajudem às imagens que já irão aparecendo. Um deles pretende situar-se na melhor tradição do non sense é que que já está mais adiantado, ou seja, é o que aparecerá primeiro: “Un cordero rojo que en el verde campo bala”. O outro é um livro que pretende quase quase unir la poesía y el ensayo pues mostrará como se expressa o trânsito que ocorre quando os dois mundos (o dos conquistadores e o dos indígenas) se encontram no quotidiano. Meu personagem central é Alejo García, o descobridor primeiro das terras paraguayas y o “leit motiv” são as canções y os ritmos que ele supostamente inventava durante seu longo trajeto desde as costas brasileiras até o Alto Perú. Estes são meus projetos poéticos concretos, depois há muitíssimas coisas no campo da animação cultural, como o 2º Encontro Internacional de Poesia de Assunção, que será em Março de 2001, mas esse é um outro assunto.

A poesia de Jorge Montesino

“rojo de va / por es un estado / distante de los elefantes / habitado por los inquietadores hacia un lado / constantes termitas / en bruma plural escondiendo / y devolviendo imágenes / etcéteras y contextos / fracasadas generaciones intermedias / diarreas revolucionarias / (...)”, diz Montesino, em “paréntesis”, um dos poemas do seu primeiro livro Rojo de Vapor, que ganharam minha adesão na primeira leitura.
Sobre Rojo de Vapor, o crítico mais importante da nova geração paraguaia, Jorge Aiguadé, afirma que se trata de um longo poema no qual os impulsos dos sons, do jogo rítmico, desestabiliza o sentido habitual da linguagem, inclusive a poética. O poeta, presdigitador / inquietador, troca sons por incertezas, e deixa o mundo suspenso entre sua outra face (a que não se vê com os olhos habituais) e a que poderia ser verdadeira...
Experimental por excelência, a poesia de Montesino resgata um trabalho de longa tradição na poesia universal”.
As palavras de Aiguadé nos informam as bases da qual nasce os livros seguintes de Montesino, Malúrinvé e La Espuma o El Recurso de lo Efêmero.
Malúrinvé é a festa dos fonemas, a exuberância da invenção, o êxtase da jitanjáfora, o nonsense neobarroco, com que Montesino parece celebrar esse ser de luz e música verbal, Malúrinvé, um dos nomes secretos da poesia, Malúrinvé, ou essa fêmea caprichosa, a linguagem, Malúrinvé.
La Espuma o El recurso de lo efímero parece ser uma fábula de espuma sobre a condição humana. A espuma é o passado, o presente e o futuro. A espuma é tudo. E tudo é espuma. Com este livro, Montesino nos revela a outra cara do mundo, “claro, de espuma, de pura espuma”. A poesia como fonte de conhecimento. A poesia como fábula de espuma. A espuma da espuma. A fala da espuma. A visão da espuma.
Estes três primeiros livros situam Jorge Montesino entre os mais inventivos e surpreendentes poetas em atividade hoje na capital do Paraguay. (D.D.)

A ESPUMA ou O Recurso do Efêmero / Jorge Montesino
ESPUMA pura espuma
de quê outra coisa estamos feitos?
de quê outra coisa poderia estar composto o poema?
de Espuma, claro, de espuma
de pura espuma, como o vôo do pássaro
como o trino, de espuma
os sismos da tarde, de espuma
as redes do pátio, de espuma
as pedras emplumadas, de espuma
as canoas enormes, de espuma
o pantanal, de espuma da terra, de espuma
os peixes da fantasia, de espuma
o cavalo da fuga infinita, de espuma,
os homens jaguares, de espuma
o duelo de lanças, de espuma
as arestas da lua, de espuma
as nuvens proverbiais, de espuma
os passos das patas de aranha, de espuma
os moinhos de altazor, de espuma
as dunas do bosque, de espuma
a avalanche da morte, de espuma
os líquidos azuis, de espuma
o tormento do vento, de espuma
as nuvens que levanta, de espuma
os méis e presságios (retirar espuma)
os modos de vara
as cinzas fluviais, sua ascensão
os tormentos, os beijos
o sermão que provoca, o verso
o barco encalhado, as tranças
os pigmentos do trovão
as pedras que estremecem, as feras
o fogo da casa, a imundície
os insetos latentes, a inércia
o remorso, os pregadores
as vermelhas luvas dos boxeadores
o veneno, o fogo das velas
o pudor e os pecados, as passarelas
o licor, o lodo da rua
a carcaça, a lenha, o clamor
as velas inchadas do barco
as manchas, os pecados capitais
a lava que surge do centro
a areia da praia, o grumete
os brincos do potro
o ar que o leque levanta
de espuma
de espuma
de espuma
de espuma
de espuma
de pura
espuma

Tradução de Douglas Diegues em colaboração com Jorge Montesino


LA OMNIPRESENTE LIVIANDAD DEL SER
Por ROSA GRONDA

Los poemas centrales de este texto crecen sobre una misma pregunta y respuesta que se multiplica en variantes y ramificaciones, formando un red convergente de significantes sobre la sustencia del ser. La reflexión filosófica se instala sin retórica en el territorio poético, abarcando lo bello y lo horrible, lo natural y artificial, lo inasible y lo obvio: "ESPUMA pura espuma / ¿de qué otra cosa estamos hechos? / ¿de qué otra cosa podría estar compuesto el poema? / de Espuma, claro, de Espuma / de pura espuma, como el vuelo del pájaro / como el trino, de espuma". Estos versos avanzan impulsados por un viento lúdico, lejos de lo convencional, cohesionados sobre la imagen recurrente de la espuma, que encuentra su emblema en la ambigüedad del símbolo, donde lo leve, frágil y efímero también implica a su opuesto: "No hay torre inexpuganble sin espuma". El poeta no le canta a la rosa (1) sino que la hace florecer en versos leves y cortos, con imágenes y ritmos que acompañan una mirada recreadora de objetos y lugares a través de la palabra. Coherentes en su unidad esencial, también el apéndice "Fantasmas de la espuma" es una especie de diccionario para lectores cronopios que incluye una serie de postales que progresivamente perforan el paisaje para penetrar en el pasado, en el mito personal: "El palo borracho sí era de este mundo, yo veía salir su tronco enorme desde la tierra de mi patio y alzarse para que el avión a chorro lo viera y no perdiera el rumbo" (Estela). Desde la objetividad de la lluvia ácida o la peculiaridad del nombre de un flor silvestre; desde el exabrupto hasta el amoroso uso del diminutivo, Montesino se revela experto en dar vuelta la escritura como un guante, para afianzar un subjetivismo que ignora la lógica. Sus versos respiran en el territorio de la paradoja, donde el poeta une los extremos de una costura imposible a través de un delicado lirismo, utilizado como si fuera una varita mágica. El corpues de este libro se inscribe en lo que Italo Calvino define como territorio de la levedad, aquel donde la literatura pierde peso, o mejor dicho pesadez, a fuerza de recursos esencialmente poéticos.


(1) Indudablemente, la mención de las obras de Vicente Huidobro y de Lewis Carrol no son casuales.




FRAGMENTO DE "TRÈ LA TRÈ MARIA"

Baja de su bicicleta Ramón’í, cómo saber qué pasó esa fría mañana; de mayo creo que era, atrás del baño de su casa, con su hermana espiritual Belí y con su propia madre que parece haber salido un rato y el fulano ése que apareció con el poncho y lo tendió, cazadoramente.Qué cómo comenzó la historia: já, che, che vio todo lo que pasó. Che sy fue que entregó el poncho que había sido de papá a ese desesperado. Y Dalber, agachadito y escondiéndose, silencioso se fue atrás de los troncos y esperó ahí en los árboles del patio. El poncho apretado contra su pecho. De donde yo estaba se le escuchaba su ruido del corazón, atajaba su respiración. Se fue como saltando desde la casa hasta el baño del fondo. Ni techo ni puerta tiene el bañadero. Hace un frío de cagarse ahí cuando es invierno y ese día estaba fresco, comenzaba a caer el primer frío de verdad. Justo cuando Dalber se atajaba del níspero para no hacer ruido, vino como un viento del sur que cruzó el patio y arrastró las hojas y él aprovechó el envión y el ruido y se fue para colocarse ahí atrás, ahí nomás, fijate, como si fuera también una hoja de níspero ya seca y crujosa. Ahí mismo, arrodillado, como si estuviera para confesarse con el pa’í agarró el poncho y lo puso en el piso, lo alisó con las dos manos, le enderezó las puntas que habían quedado dobladas y se quedó escuchando, con la boca abierta que tenía mientras que la otra estaba ahí seguramente cagada de frío, como me pasó a mí tantas veces y hacía ruido con su boca, y con el agua, y con el jarro, y con la latona. Belí se bañaba y no sabía que el trampero ese estaba ahí al ladito, detrás de esas maderas. Seguro que Dalber podía olerla, sentir el calorcito de su piel y el vapor del agua que le salía. Muchas veces yo le espié. Yo también a veces dormía con ella cuando era más chico y hasta ahora. Tenía poquitos pelos ahí y se le ponía de gallina toda la piel porque era blanquita, y estaba linda. Iporá la mitacuña’í, iporaetereí. Yo me imaginaba lo que Dalber estaba viendo embobado. Ella no desconfiaba de nadie. No pensaba en nada de esas cosas. Ya estará terminando de bañarse pensé cuando se oyó el ruido del jarro raspando el fondo de la latona, poco agua le quedaba. Qué lindo cuando se echaba el agua encima y se le ponían casi negras y duras las puntas de sus tetas. Mientras tanto ese asqueroso se fregaba, con su mano, muchas veces. Ya tenía todo su ma’era cuando sonó en el fondo de la fuentona vacía el jarrito. Ya está dije para mí y me acomodé para ver mejor: Belí terminó de bañarse. Apenas alcanzó a descolgar la toalla que hacía de cortinita en la puerta y Dalber la agarró de la muñeca, le tapó la boca y cuando quiso desprenderse ya estaba tendida sobre el poncho. Yo vi todo, así nomá fue che karaí.(...)De lo que escuchó Rosanita a una vendedora masiado ñe’ereí que se puso a contarle de todo, a ella que recién salía en libertad y esperaba un colectivo en San Lorenzo, con un su nuevo compañero, Feliciano, un 14 de mayo para ir a ver a su madre internada en el hospital regional de Villarrica. Felí preguntó a la vendedora si ya había pasado el Salto Cristal.—Ne’í raití che memby, pero angáitéma oikéta. Pehóta peé sy rendápe hína. Iporá upéa pehó ará pénde katú ajá, ko ñandé sy ko tuichá etereí mba’é opá mba’é pehejá va’erá, nápe ponderái va’erá mba’é vére. Pehejá pehejáa, pehó ará pende sy rendápe. Che ngo ko ahasé eté la che sy rendápe, che mamíta oré ymaguaré la oré sy pé mamita ro’énte voí. Che la che sy oguerekó ochénta y siéte áño, ha che aguerekó cincuénta y cuárto áño. Ha la che sy hesái ombá’apó o trahiná vevépe ha’é noñandúi mba’é veté verá. Oré familia ko areté reí pevé roikó la che aguéla oikó véa akué ciénto diecisiéte áño pevé, ha la che bisaguéla katú ciénto treinta áño pevé. Ha che ko’ánga aikó che ména ndiéntema, che memby kuéra omendá páma ombá’apó porá ambá hikuái, pe negócio oíva pe ótra equína pe ha’é che memby kuñá mba’é, oré narói kotevéimba’é vére, che ména itrabajadór ha che aveí la oré róga pype peteí chaité ro jopartí la tembiá pópe, ha’é ojapó peteí mba’é ha che ótra cosa ha upéicha roñó manehá, che ha’é voí chupé ohó haguá la isy rendápe ombojeré haguá chupé. Peteí un mé ha che upéicha aveí ahá un me ambojeré la che sy pé ha upéi katú al verrés ha’é ohó peteí un mé ombojeré la che sy pé ha che ahá upé iriré ambojeré la isy pé. Nda pépe oúma la pénde coletívo. Pehó katú che memby ha pevy aité ke ná ko pénde sy ndivé.De lo que siguió, del penoso viaje con el ómnibus atiborrado de gente, y la cantidad de horas que tuvieron que ir parados ahí adentro, no resta decir nada. Sólo que, cuando María Rosana preguntó en la recepción del hospital, se enteró que su madre, Pánfila, había muerto hacía días, no había llegado al día de la madre. La enfermera que le atendió no entendió ni quiso entender el por qué de la sonrisa y el brillo súbito en los ojos de la aún joven Rosanita. Nunca más se supo de ella a partir de entonces, sólo que había estado brevemente en esa recepción del hospital.(…)Me crecieron unas ganas locas de ir hasta el castillo. Sí, claro que fui. Tenía entre mis cosas un vyrapará que me había regalado Froilán. Uno de los buenos. De esos que matan casi sin que uno quiera matar. De esos que te manejan la mano y te dejan oscuro el cerebro.Qué cómo comenzó la historia: já, al salir del confesionario, al atravesar el atrio, al dejar atrás la iglesia y encaminarme hacia el pinoty, estaba oscuro, así en la oscuridad nos habíamos encontrado en el confesionario con pa’í Alberto. Así en la oscuridad pero con una brisa fría que preanunciaba el amanecer, caminaba hacia el castillo. Le pasaba la yema de los dedos al filo del cuchillo. No sé por qué iba a matar. Debería haber matado al cura. Pero los prejuicios me lo impidieron. En una Iglesia no me animaba, además él sólo se había tendido su propia trampa: Rubencito, el mita’í venía de una familia desgraciada y no soportaría una tercera cruz. Estaba seguro de eso. Caminaba en una especie de éxtasis extraño, podría confundírseme con un peregrinante en el camino a Itapé, pero no iba a ver a la Virgen, iba a encontrarme con Castillo. Yo hombre. Yo mujer. Yo narrador, tenía que ponerle punto final, tenía que mezclarme con mis personajes. Ser uno más de los que matan y mueren sin importarles nada, porque total todo tiene su reemplazo. Las cosas crecen rápido acá en esta tierra húmeda, lluviosa, donde el calor siempre está ahí para fertilizar cualquier semilla, mala o buena, sin importar las consecuencias. Cuando me di vuelta para mirar el camino rojizo que iba dejando atrás ví a Cirilo el jaguá y más atrás a María Rosana, a María Belinda y a María Isabel, venían acompañadas por los únicos testigos que podían dar fe de todo lo que había ocurrido alrededor del pinoty: Tarzán, Balú y Casimiro, venían a desmentir y dar fe de que Castillo no murió frente a su vecina sin alcanzar a beber el vaso de agua que le había pedido, cayendo a sus pies. Venían a atestiguar, como siempre lo habían hecho en cada uno y todos los casos, que las cosas eran como eran y no como se les ocurre inventar a veces a los hombres.

["Tré la tré María" acaba de ser publicado por Jakembó Editores]


2 comentários:

Unknown disse...

Soy Rosa Gronda y me dio mucha alegrìa ver el comentario del libro de poemas de Montesinos hecho ya algunos años y publicado originalmente en el diario El Litoral de Santa Fe. Saludos a todos.

Unknown disse...

Hola! Con alegría envio un saludo desde la lejana santa fe. rosa gronda