quarta-feira, 20 de junho de 2007

LUIZ ROBERTO GUEDES POESIA & BEATLES

Brasil es grande y pequeno demais para la poesia. Y em el âmbito de esta significativa variedade de estilos, anti-estilos, modos y maneiras, los suplementos literários y cuadernos kulturales de los jornaes brasileiros ficaram pequeños demais para abarcar la imensa polifonia em flor – de los índios a los punks – que non para de florescer. Luiz Roberto Guedes é um desses poetas para quem Brasil es pequeno y grande demais. Su literatura, que abarca narrativa, poesia, traducción y letras musicadas, es jóia encontrada em el matadero de la banalización y mercancia. Calendário Lunático - Erotografia de ana k [Edições Ciência do Acidente, SP; 2000] traz uma boa amostra do talento verbal de Luiz Roberto Guedes. Rimas ricas & raras para estes dias de destruicione y miséria mental. Rimas iluminando la noche decadente de Sam Paulo. Orgasmos verbales contra la pereza cerebral y la razom gananciosa. Ritmos de blues a lo provenzal. Poesia que pide para ser dicha em voz alta. Fina artesania. Recentemente estuve hospedado em el bangalô del Guedes en algum lugar de la Avenida Paulista. Eram noches de charlas, com Javier Barilaro algumas vezes, Cristian de Nápoli durante uma noche, charlas que nunca terminabam, porque continuabam el dia seguinte, y la poesia era el fuego al rededor del cual giraban las conversas. En uma de esas, Guedes nos mostra las traduciones que había hecho de canciones de los Beatles. Ontem yo le pedi algumas de esas traduciones. Y en generoso komandante Guedes nos mandou um par de ellas. Lo que sigue es uma conbersa com el poeta Luiz Robero Guedes y um poco de Beatles en las traduziones al português. Diviertánse! (DD)


CONBERSA COM LUIZ ROBERTO DIEGUES
Por Douglas Digues

1. Fale-me tudo que puder sobre CALENDÁRIO LUNÁTICO - Erotografia de Ana k, publicado recentemente pela Edições Ciência do Acidente...
Ali por 1988, notei que tinha um conjunto de poemas, uns queixumes sentimentais, de dicção marginalóide, que já constituía uma “erotografia”, deflagrada por uma mulher real, uma canceriana, filha da Lua... Nos dois, três anos seguintes, acrescentei poemas ao projeto, já elaborando o “fantasma” nessa figura arquetípica de Ana K. Essa órbita lunar atraiu deusas e mitos para o caldeirão. O Calendário Lunático se impôs como um canzoniere, daí o ritmo de canção ou balada, o metro popular, a licença para “trovar”, conferida por Roland Barthes, com seu Fragmentos de um Discurso Amoroso. O Calendário poderia ser um diário fragmentário ou um videoclip verbal. Em 99, ainda inédito, o poemário ganhou o Prêmio de Poesia Lilia Pereira da Silva. A edição saiu no ano seguinte.

2.Como é o teu processo de composição de um poema? Qual é a tua filosofia da composição?
Não sei se tenho propriamente um “processo”. O que surge inicialmente é um lampejo, um “verso”, se me perdoa a palavrinha dita “jurássica”. Esse núcleo inicial propõe algo que vamos buscando, conformando; creio que todo poema é um descobrimento. No caso do Calendário, a música fluía juntamente com as palavras: melopéia, dixit Pound. Essa música, velada ou revelada, impregna também meus poemas em prosa. Aliás, se você reler, com os ouvidos atentos, uma página de Os Maias, de Eça de Queiroz, vai se deleitar com os timbres, ecos, ressonâncias, sibilos, tilintares. Essa ‘ourivesaria’ verbal, digamos assim, marca a nossa herança lusolírica. Podemos até lutar contra ela, evitar “poetizar a flor”, como escreveu João Cabral, mas não atirá-la ao mar. Talvez esteja aí minha filosofia composicional: navegar nesse mare nostrum, pelo gozo do texto, por necessidade da narrativa.

3.Você também assinou letras de MPB ,sob o nome de Paulo Flexa... Como é o processo de composição de uma letra de MPB e quais as diferenças em relação à composição de um poema... Enfim, como funciona a poética das letras e o que é ou deveria ser uma boa letra de MPB?
Escrevo letras desde a eclosão do tropicalismo, na esteira do “arrepio poético” que foi o Sgt. Pepper Lonely Hearts Club Band. Meu pai era músico, tocava clarinete. Meu povo é musical: meu primo mineiro Beto Guedes, também filho de músico, tem uma carreira profissional há bem mais de vinte anos. Comecei a letrar mais regularmente, e a ser gravado, quando meu primo e xará Luiz Guedes (Luiz MacArthur Costa Guedes, 1949-1997) iniciou uma dupla com Thomas Roth e gravaram seu primeiro LP, pela Odeon, ali por 1982. Devido a ser homônimo do Lulu, tive que abrir mão do meu batismal e assumir essa máscara de “Paulo Flexa”. Um pseudônimo confere uma grande liberdade. Compus e componho ocasionalmente com outros parceiros, César Rossini, Ronaldo Rayol, Beto Strada, Ivaldo Moreira, Fábio Stefani. O processo mais fácil e mais iluminador, eu creio, é colocar a letra sobre uma melodia virgem, onde os sons provocam idéias e um primeiro verso pode propor toda a “história”. Um procedimento habitual, “profissional”, digamos, é titular a canção com o verso cantado no refrão. Lulu & Thomas chegaram a musicar um texto meu, avulso, Grande Circo Universal, mas essa prática, eu creio, limita muito as possibilidades da melodia. Eu diria que há compositores-poetas, no Brasil, que partem do verso, da letra, e trazem a música a posteriori, para vestir as palavras. Nesses casos, para o meu gosto, a música fica sendo um pouco acessória. O que parece mais natural é o jorro melódico, o ribeirão musical Pixinguinha que fez Braguinha escrever, “Meu coração... quando te vê...”. A boa letra de música é aquela que adere indissoluvelmente à melodia. Pense em qualquer clássico da música brasileira. Você entra num bar e tem alguém cantando Lupicínio, Ary Barroso, o Chão de Estrelas, com aquele verso estelar de Orestes Barbosa, “tu pisavas no astros distraída”... E uma centena de outros, clássicos e contemporâneos, o que dá no mesmo. Meu primo Lulu Guedes tinha uma boa definição para esse ofício de compor: “Um verso não precisa ser intelectual, genial; tem que ser bom de cantar, tem que ser sentido, provocar emoção”. Esse é um ABC da composição, válido desde o tempo em que Castro Alves letrava modinhas. Quanto à diferença com o poema, creio que este é uma investigação algo diferente; pode apoiar-se na música das palavras, essa música pode ressoar “incidentalmente”, mas o poema dispensa banquinho e violão para mover-se (e causar comoção?) na página em branco. Por mais que muita e boa poesia se ouça nas canções brasileiras.

4. Como se dá essa relação entre motz el Son (palavra e melodia) em seu trabalho com a palavra no poema...
Meu prazer poético (por que chamar de “trabalho”? ) é muito banhado em música, por conta dessa infância com pai tocando clarinete na sala. Isso afina o ouvido para sempre. Até por causa disso, que pode se tornar uma facilidade, procuro não dizer em excesso, dizer só o que cabe no poema, sem mais flautas. Falo de modo geral, porque o Calendário foi minha licença para cantar. Cantigas d’amor e de maldizer.

5. Como percebe a situação da poesia brasileira contemporânea...
Sobre a cena poética contemporânea, há uma grande efervescência nacional, iniciativas como o seu Trópico Sur/Sul, revistas, jornais, sites, com uma variedade de “dicções”, filiações, um ansiedade de descobrir que poesia é possível num novo século. Há um certo predomínio, crítico e/ou midiático, de uma vertente culta, auto-referencial, pós-experimental-com-cartilha, mas também há choques, polemiquinhas, contestação e um saudável impulso pelo direito ao uso de todo o repertório da tradição, sem mais uma camisa-de-força ideológica. O que me parece é que muitos poetas se ressentem da desimportância pública do poeta-ele-mesmo, sem banquinho & violão. Tudo muito divertido. No fim, vale sempre aquilo que disse Lorca, “el arte, o tiene duende o no tiene duende”. O talento individual é que vai prevalecer sobre fôrmas e fórmulas.

6. Como percebe o espaço para a poesia na chamada “grande imprensa" do eixo Rio-São Paulo”?
Espaço para poesia na grande imprensa sempre existe algum, mas mínimo, considerando que deve haver uns 88.000 poetas no país. Nem os numerosos suplementos e revistas existentes podem dar conta. Em geral, são espaços geridos segundo concepções e paradigmas. Mesmo a menor revista literária tem seus crivos de filtragem. “Poetburos” à parte, o fato é que livro de poesia o poeta tira de seu próprio bolso. Manoel Bandeira publicou seu primeiro livro com cinqüenta anos. Se o poeta persistir o bastante nessa “longa besteira do gênio”, como disse Oswald, poderá ter sua antologia editada comercialmente, por grande editora, quando for um venerável ancião. Porque poesia realmente não é mercadoria. Enquanto isto, as novas tecnologias facilitam a produção de um livro, a criação de um site, uma vitrine virtual, o diálogo eletrônico intercontinental. O clube universal dos amigos da poesia.

7. Você recentemente participou do CD Melopéia, com os sonetos musicados do Glauco Mattoso... Fale também tudo que puder sobre Melopéia...
Melopéia é um projeto mattosiano, acalentado e acolhido prazerosamente pelos estrelos convidados. Amigo do Glauco desde o século passado, dei um jeito de me infiltrar no elenco com meu parceiro Fábio Stefani (guitarra-solo da nossa banda, há uns... 70 anos). Martelamos alegremente o Soneto Pacifista em forma de balada pop dos anos 60, com sonoridades Beatles. O CD tem um leque enorme de linguagens musicais, do experimentalismo de Arnaldo Antunes ao metabrega de Falcão e Eriberto Leão, do samba-enredo ao rock escatológico.

8. Como percebe a relação amor/poesia em seu trabalho?
De que “amor” falamos? Amor romântico, pasión? Só o Calendário é que se debruçou sobre essa idéia de amor que é “fogo no coração e fumaça na cabeça”. De modo geral, creio que minha poesia é imantada por maya, a ilusão do real, tempo, memória, imanência, finitude, ouvir vozes. Escrever o poema porque sim, do mesmo modo que um cavernícola de Altamira pintava animais na pedra. Um modo de dizer “estive aqui”, ou, talvez, “estarei aqui?”.

9. Como percebe a crítica de poesia no Brasil?
Não leio toda a crítica que se publica, mas posso dar um relance impressionista. Penso que a crítica de poesia, restrita a suplementos e revistas, se dá, o mais das vezes, por afinidades estéticas. A escolha dum objeto de crítica como pré-aprovação, o descarte de outro por estar em dissonância com tais ou quais paradigmas. Mas há muito menos crítica de poesia do que deveria. Assim, o ‘poetariado’, como diz Claudio Daniel, fica à míngua de uma visão propriamente crítica para nortear um aprendizado. Falta espaço também para a crítica e até aquela generosidade de um José Paulo Paes, por exemplo, que respondia a cartas de poetas imberbes, opinando sobre seus escritos.

10. Que surpresas você guarda nas gavetas? Fale sobre isso...
As “vozes na gaveta”? Dois livros inéditos de poesia, um livro de contos, uma novela histórica (suposta epístola do padre Manoel da Nóbrega, escrita em português quinhentista), e uma novelinha juvenil nova, o retorno do meu lobisomem, que estreou em Lobo, Lobão, Lobisomem, pela Saraiva, em 1997. Neste ano, vou publicar outros juvenis: Anjos do Mar, uma aventura com golfinhos, em Fernando de Noronha, Treze Noites de Terror, 13 contos macabros, e um livrinho safado, impróprio para menores: Minima Immoralia, com 60 limericks traduzidos. O limerick é um formato poético anglo-saxão muito popular, de 5 versos, que trata só de sacanagem, com língua chula e algumas rimas ricas. Talvez publique um livro de poesia, se fizer bom tempo.

11. O que é um bom poema para você?
Talvez aquele que me golpeia com uma imagem súbita, lancinante — touché! Como este terceto de Salvatore Quasimodo, “Cada um está só / sobre o coração da Terra / trespassado por um raio de sol”. Soa molto meglio em italiano.




BEATLEGEDZ


TÔ SÓ DORMINDO
I’m Only Sleeping — Lennon & McCartney


Quando eu acordo muito cedo
Nem me mexo, só bocejo
Sonho que navego num jardim
Eu me deixo lá em mim (lá em mim)

Não me chame, não reclame
Não, não toque em mim
Tô só dormindo

Acho que me acham preguiçoso
Eu nem ligo, eu acho louco
Esse corre-corre que no fim
Dá em nada... eu já vi (eu já vi)

Tô além daqui
Não toque em mim
Além do mais
Tô só dormindo

II

Fico de olho no mundo lá na janela
Deixo estar... deito lá, olhando para o teto
Me vem sono e eu navego...


EU SOU O HOMEM-OVO
I am the Walrus — Lennon & McCartney

Eu sou ele tu és ele
Ele é eu e estamos todos juntos
Voa, porcão
Hora do facão
Que confusão, eu choro.
Sentado num cabide, esperando a condução
Grava na gravata grife da empresa, cara, vai com garra, põe
A máscara de mau...
Eu sou o cara, todos os caras, o Homem-Ovo
Có, có, có, có, có, có...
Olha os policiais marchando bonitinho pro quartel
Tiram o chapéu
Pra Lúcia no céu
Que escarcéu, eu choro...
Eu choro, eu choro, eu choro
Creme de remela olho de cachorro morto
Carangajo crau espeta mulherpeixe pornoprincesinha sem
Calçola na canção
Eu sou o cara, somos os caras, o Homem-Ovo
Có, có, có, có, có, có...
Sentado num jardim inglês, esperando o sol
Se o sol não vem como convém
A chuva te bronzeia bem
Eu sou o cara, somos os caras, o Homem-Ovo
Có, có, có, có, có, có...
Mascamosca mascarado
O palhaço ri da tua cara (rá, rá, rá)
Berro global
De gado no curral
Rebu total
Eu choro...
Sargento Sardinha escalando a Torre Eiffel
Quânticos pingüins cantando Hare Krishna
Cansam de bicar a cara de Edgar Alan Poe
Eu sou o cara, nós somos todos, o Homem-Ovo!
Có, có, có, có, có, có, có, có, có, có...


[05.09.2002]




BALADA DE JOHN & YOKO
(Lennon&McCartney)

Ficamos lá na beira do porto
Querendo embarcar pra Paris
Um cara no cais disse “voltem pra trás”
Nenhuma chance de viagem feliz

Cristo, como é difícil
Só você sabe, Jesus
Se for desse jeito
Vão logo me pregar na cruz

Pegamos avião pra Paris
Cidade-Luz em lua de mel
Peter Brown deu alô
Ulalá vocês dois
Dá pra casar em Gibraltar no papel

Cristo, como é difícil
Só você sabe, Jesus
Se for desse jeito
Vão logo me pregar na cruz

Bacana uma semana na Holanda
Na cama nós falamos de paz
“Na cama, por quê?”, o jornal quer saber
Eu disse “a gente quer um pouco de paz”

Cristo, como é difícil
Só você sabe, Jesus
Se for desse jeito
Vão logo me pregar na cruz

Poupe uma grana para o amanhã
Dê a sua roupa aos pobres
Minha patroa
Falou numa boa
Do mundo a gente leva só a alma
(Leve!)

Demos um pulinho em Viena
Ensacados feito bonecos
O jornal falou “Maluco pirou —
Parece um casal de traveco”

Cristo, como é difícil
Só você sabe, Jesus
Se for desse jeito
Vão logo me pregar na cruz

Avião de volta pra Londres
Levando as sementes da paz
Imprensa local
Falou “Que legal,
Tomara que vocês cheguem lá”

Cristo, como é difícil
Só você sabe, Jesus
Se for desse jeito
Vão logo me pregar na cruz




EU SOU O FISCO
Taxman, George Harrison

Eu pego 100 que você tem
Te deixo 5 e tudo bem
Eu sou o fisco
Ié, ié, ié, confisco de renda

Se você acha um exagero
Eu posso te deixar com zero
Eu sou o fisco
Ié, ié, ié, confisco de renda

Se você rodar, eu taxo a rua
Se fizer amor, eu taxo a lua
Se você rezar, eu taxo a fé
E se caminhar, taxo teus pés....
Fisco...

Não queira nem saber pra quê
(Paga, seu ministro!)
Eu tiro grana de você
(F-H-C!)
Eu sou o fisco
Ié, ié, ié, confisco de renda

Quem vai morrer, que pague o chão
Recolha imposto no caixão
Eu sou o fisco
Ié, ié, ié, confisco de renda
Saiba que você trabalha para mim
Fisco!




FAÇO A GUITARRA CHORAR
While My Guitar Gently Weeps, George Harrison

Eu olho vocês, vejo o amor, 'stá dormindo
Faço a guitarra chorar
Eu olho pro céu, vejo a chuva caindo
Faço a guitarra chorar
Não sei por que, ninguém recorda
Como acordar esse amor
Não sei dizer se alguém se importa
Fecham a porta pro amor

Eu olho pro sol, sinto o mundo girando
Faço a guitarra chorar
Eu vejo que só se aprende errando
Faço a guitarra chorar
Não sei por que você se perde
E se perverte também
Não sei por que ninguém percebe
Ninguém te alerta pro bem

Eu olho vocês, vejo o amor, 'stá dormindo
Faço a guitarra chorar
Olho pra vocês...
Faço a guitarra chorar




PORQUINHOS
Piggies, George Harrison

Você viu quantos porquinhos
Rolando no chão
Mas a vida dos porquinhos
Não é sopa, não
Vivem no lixão
É o seu parquinho...

Você viu quantos porcões
Tão engomadinhos
Vão aí pingando lama
Dando seus pulinhos
Com seus colarinhos
Bem passadinhos...

Companheiros nos chiqueiros
Nem pensar em revolução
Nem um pingo de visão
Falta um bruto chacoalhão

Por aí tem tantos porcos
Nessa vida porca
Vão sair pra jantar fora
Com madame porca
Pra comer toucinho
Defumadinho


EU QUERO É MAIS
I Feel Fine, Lennon & McCartney

Meu bem diz pra mim, será
normal amar assim, será feitiço?
Digo que por mim, eu quero é mais

Diz que quanto mais amor eu dou
Ela quer mais — será que é vício?
Digo que por mim, eu quero é mais

Isso é magia que ela fez
Ela é o anjo que eu sonhei

Ela diz que só precisa amor
Pra ser feliz aonde for comigo
Digo que por mim, eu quero é mais

Diz que quanto mais amor eu dou
Ela quer mais — será que é vício?
Digo que por mim, eu quero é mais

Isso é magia que ela fez
Ela é o anjo que eu sonhei

Ela diz que só precisa amor
Pra ser feliz aonde for comigo
Digo que por mim, eu quero é mais
Digo que por mim, eu quero é mais
Hum, hum, hum, hum...




MEU QUINDIM
Honey Pie, Lennon & McCartney

Garota operária
Inglesinha rude
[Hoje é estrela!]
Lá em Hollywood
Ah, se ela me ouvisse
Com meu bandolim

Ó Quindim, a paixão enlouquece
Eu te faço essa prece
Volta correndo pra mim

Ó Quindim, dia e noite eu suspiro
Como um triste vampiro
De um filme chinfrim

Tu és uma deusa do cinema chique
Agora quando penso em ti
Já me dá um chilique

Ó Quindim, ó meu drama romântico
Atravessa o Atlântico
E volta logo pra mim
[Ó Quindim, meu querubim!]

Que bons ventos tragam tua embarcação
Para o porto do meu coração

Ó Quindim, a paixão enlouquece
Eu te faço essa prece
Volta correndo pra mim
[Meu Quindim, Meu Quindim]



2 comentários:

Anônimo disse...

muito massa! faço a guitarra chorar é a minha preferida! aqui aí em todo lugar, um abração, gedz!

Anônimo disse...

Maravilha! Às vezes até supera o original... Sou fã do Guedes!